Duas equipas de investigação, reunidas em Filadélfia, na Sociedade Americana de Genética, no passado dia 13 de Novembro apresentaram dados diferentes quanto à diversidade do cromossoma X, dados esses que se reflectiram em interpretações divergentes sobre o acasalamento e migração humana.
Alon Keinan, da Harvard Medical School, e os seus colegas compararam a variação genética no cromossoma X e nos autossomas, usando uma grande sequência de dados de indivíduos originários do Oeste de África, Leste de Ásia e Europa Central. Observaram que a diversidade do cromossoma X em populações não-africanas foi significativamente menor do que seria esperado se os homens e mulheres transmitissem os seus genes equitativamente. Estes resultados sugerem que o cromossoma X sofreu um severo estrangulamento genético aquando da saída, dos seres humanos, de África. Como os homens possuem apenas um cromossoma X e as mulheres dois, talvez as migrações tenham ocorrido, principalmente, através de ondas de migração masculina.
Já Jeffrey Wall, da Universidade da Califórnia, apresenta dados que sugerem que a diversidade do cromossoma X é superior à esperada. O estudo foi baseado em seis populações geograficamente diversificadas, incluindo três africanas, e, pelos seus dados, a variação genética do cromossoma X foi maior que o esperado nas seis populações. Segundo Wall, a melhor explicação para os seus dados pode ser encontrada no comportamento humano. Provavelmente as sociedades teriam sido poliginicas durante grande parte da história humana, pelo que alguns homens se teriam cruzado com várias mulheres, enquanto outros teriam deixado pouca ou nenhuma descendência. Esta distorção do sucesso reprodutor manifestou-se através de uma maior diversidade do cromossoma X.
Ambos os autores se recusaram a comentar o trabalho um do outro. Ainda assim, Wall acha que apesar de se terem obtido diferentes conclusões em breve se terá uma resposta definitiva, graças ao 1000 Genomes Project e a outras bases de dados.
Os resultados de Keinan serão publicados numa futura edição da Nature Genetics e uma versão anterior da análise de Wall foi também publicada em Setembro na PLoS Genetics.
Já Jeffrey Wall, da Universidade da Califórnia, apresenta dados que sugerem que a diversidade do cromossoma X é superior à esperada. O estudo foi baseado em seis populações geograficamente diversificadas, incluindo três africanas, e, pelos seus dados, a variação genética do cromossoma X foi maior que o esperado nas seis populações. Segundo Wall, a melhor explicação para os seus dados pode ser encontrada no comportamento humano. Provavelmente as sociedades teriam sido poliginicas durante grande parte da história humana, pelo que alguns homens se teriam cruzado com várias mulheres, enquanto outros teriam deixado pouca ou nenhuma descendência. Esta distorção do sucesso reprodutor manifestou-se através de uma maior diversidade do cromossoma X.
Ambos os autores se recusaram a comentar o trabalho um do outro. Ainda assim, Wall acha que apesar de se terem obtido diferentes conclusões em breve se terá uma resposta definitiva, graças ao 1000 Genomes Project e a outras bases de dados.
Os resultados de Keinan serão publicados numa futura edição da Nature Genetics e uma versão anterior da análise de Wall foi também publicada em Setembro na PLoS Genetics.
Fonte: http://www.the-scientist.com/blog/display/55196/
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